15.1.04

Orgulho

Hoje de manhã, o locutor da Radar (97.8 FM) ligou para a Carris para saber se existia uma carreira nº 69. A pessoa que o atendeu apresentou-se como Telefonista Dias que, por incapacidade de resposta, passou a chamada para uma segunda pessoa, o Sr. Coordenador de Tráfego, que só desvendou qual a sua função depois do locutor se identificar, e nunca chegou a revelar o nome. Há uns dias, um tipo que queria ser milionário, apresentou-se imediatamente como funcionário público, quando lhe perguntaram qual era a sua profissão (posteriormente lá admitiu com alguma vergonha que, dentro do funcionalismo público, desempenhava uma função concreta: era bibliotecário).

Vejo com agrado o orgulho com que o funcionário público anuncia a sua condição, em muitos aspectos, invejável. Aparentemente até a sua identidade se dilui na nobre função de nos servir a todos, funde-se no carácter colectivo do seu empregador.

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