26.1.04

Tóquio

As viagens a países longínquos onde, após vinte horas de avião, deixamos de conseguir comunicar com o mundo à nossa volta, transformam-se rapidamente numa viagem interior, onde a paisagem que nos rodeia não passa disso mesmo, de uma paisagem, desempenhando passivamente a função de evocar sentimentos, reflexões. O que nos envolve surge como um conceito abstracto onde as únicas coisas que podemos tocar somos nós próprios. Tóquio, no Lost in Translation, é o exemplo acabado dessa distância incontornável.

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