Casar
Sempre que vou a um casamento, fico com a sensação de que há naquela cerimónia um esforço genuíno de nos redimirmos com o passado. Depois de sairmos da igreja, sentamo-nos à mesa e começamos a ver que a consagração do amor entre duas pessoas não é mais do que um conceito abstracto, inatingível, para a grande maioria dos convidados, e que por comodidade se vê rapidamente relegada para a condição de fait-divers, entre um jantar de borla, um bar aberto e a "Macarena".
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