21.4.04

Escolher a dedo

Vi na segunda-feira, no DN, que também o Paulo Sá e Cunha, advogado do putativo pedófilo Manuel Abrantes, tem uma assistente loira, com uma ar saudável e transbordante de "executivismo". Já o rapazinho que defende o Bibi desencantou uma colega para o ajudar na sua ingrata tarefa que, por alguma razão, faz pensar que também ele merece (alguém que use) L'Oréal.

Cada vez mais me parece que há outra batalha a decorrer neste processo, para além da legal, e que se trava a um nível subliminar. Inconscientemente o público poderá duvidar do mais estrito profissionalismo destes ilustres advogados, detectando-lhes no corte de cabelo, nos fatos, ou mesmo no timbre de voz, sintomas subtis de pedofilia associados a um convívio promíscuo com os seus clientes. A isto estes senhores respondem com os semblantes graciosos das suas colegas de escritório, implantando no imaginário colectivo a ideia de que não poderão ser pedófilos já que preferem sexo em horário de expediente. Estas jovens afinal de contas não passam de um antídoto para a peçonha da assistência.

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