La vida loca
Hoje almocei à beira-rio, sozinho com o meu DNA, ao som de um italiano qualquer que gostava de ser o Tom Waits, e tocava uma espécie de folk melancólico e burlesco, carregado por um acordeão. À minha volta, uma série de pessoas que "vivem a vida", vestindo uns óculos escuros, um corpo bronzeado e um grupo demasiado extenso de amigos, como se fosse uma armadura. Percebo que a ameaça de uma vida que não possa ser vivida os assuste, e que eles queiram a todo o custo defender-se dela. Afinal de contas, o imobilismo deixa-nos a sós com um "eu" silencioso que se limita a olhar-nos nos olhos. Não há fatos da Carolina Herrera ou barcos em Vilamoura que nos salvem neste confronto e isso é, no mínimo, "coisa de pobre".
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