Não votei
Teria votado se tivesse chegado a Lisboa a horas, apesar da derrota anunciada. Confesso que não me esforcei por aí além para que isso acontecesse, mesmo tendo optado por mudar da A1 para a A8 em Leiria, para tentar contornar o grosso dos inevitáveis acidentes do regresso a casa português. Não me senti "mobilizado". Apesar de não ter cumprido o horário eleitoral, fiquei contente por ter chegado a casa a tempo de ver o Inglaterra-França.
Não sei bem o que concluir deste meu domingo. Não querendo "mostrar um cartão amarelo" ao governo e não estando particularmente bem informado sobre questões europeias, aburguesei-me. Provavelmente ficou demonstrado que o meu pensamento político se orienta por imperativas linhas mestras (a minha vida não é isto) mas navega à vista do sound bite, ou mesmo que sou um pulha que não anda à pancada para levar. É justo.
Pessoalmente, entre outras coisas, não percebo a utilidade de um parlamento europeu, destes patamares adicionais de representatividade. Não percebo, nem tentei perceber, daí ter ficado calado. Continuo a pensar ser a melhor escolha para quem não sabe do que está a falar, sobretudo se for por culpa própria.
Para avaliações ao governo, espero pela altura devida, com uma mitigada confiança que a aposta na retoma vai ser ganha (por mérito próprio ou não), mas com a certeza de que o benefício da dúvida só chega para um mandato. Aguardo, numa "sampaíca" serenidade, que a sorte proteja o governo, mas sobretudo que nos proteja a nós dele.
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