Eu sei que tu sabes que eu sei mas não consigo dizer
É impressionante como, numa qualquer relação afectiva, sempre que fazemos declarações bombásticas e transbordantes de auto-confiança, estamos a pedir encarecidamente ao outro para não pagar para ver. A acreditar naquela teoria em que a maturidade consiste simplesmente em dizer a coisa certa, no momento certo, à pessoa certa, verifica-se que esta é frequentemente relegada para um nível subliminar, que uma fragilidade mal dissimulada faz mais para aproximar duas pessoas do que uma virtude intrinsecamente admirável. Entre a universalidade anónima de uma qualidade e a intencionalidade personalizada de um defeito, a intimidade surgirá sempre pela segunda via.
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