1.10.04

Neo-mulherio

Há uns anos, propus, talvez desiludido com a Humanidade que conhecia na altura (primeiros momentos do pós-secundário), que entre o meu grupo de amigos o álcool e a velocidade a que se guiava deixasse de ser tema de conversa. Ontem, a propósito da vertente pública da gravidez desta senhora, cheguei a um comentário tão "medievo, sexista, digno de pena, e embaraçoso" como eventualmente será o post que lhe deu origem.

Isto relembrou-me a necessidade de abater mais alguns temas: as "mulheres modernas" deviam definitivamente deixar de se vender como um ser complexo e insondável, assim como alguns homens (que, como é de bom tom, nunca serão "modernos") deviam deixar de circular à volta do medo da (vagina da) Madonna. Impõe-se uma viragem ao centro generalizada ou, em alternativa, o amanho de um sentido de humor digno desse nome: indiferente à "ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social" da piada em questão. Nem que seja porque é uma chatice falar para o pinhal.

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