O que me interessa dizer sobre o estado a que isto chegou
Ao almoço, dizem-me que uma amiga minha foi para os Estados Unidos. A minha primeira reacção foi assumir que ela tinha ido para lá viver. Afinal foi só passar duas semanas de férias. Não sei bem como é que esta evolução se processou, mas aparentemente nem me passa pela cabeça que alguém que vá a um país num raio de € 500 de avião de Portugal, não se mude para lá.
Quando tentei dissecar este automatismo cheguei à conclusão que me vejo remetido a uma lógica pavloviana por viver num país de tipos medíocres, idealistas ou filhos da puta (leia-se cínicos). Todos os outros emigraram, por iniciativa própria ou pela via do executivismo. Alguns dos que ficaram, conseguiram combinar pelo menos duas destas três qualidades e mandam neste lote de terreno onde o verão dura seis meses.
Acho que ao escrever este post acabei de me tornar um filho da puta medíocre. Talvez haja esperança.
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