Viagem ao fim da noite
Aqui há uns tempos decidi atravessar o centro de Lisboa a pé às cinco da manhã. No fim da noite, o rumor abranda e ficamos a sós com vestígios monolíticos do dia. Instala-se, por entre o silêncio, a ilusão de liberdade. É um desafio para quem, como eu, tem fracas referências filosóficas, ter uma cidade só para si. Tive vontade de partir coisas e abrir portas.
4 Comentários:
ganda maluKo!!!
A última vez que passeei (confesso que não sozinho) na sua cidade às cinco da manhã, entretive-me (emo-nos?) a trocar os recados para o padeiro, talvez mesmo porque por essa altura Descartes e Kant e Parménides nos ocupassem, aborrecidamente, a cabeça. Os 8 com os 5. Acolá os 10 passaram a 3. Aqui a meia-dúzia transformou-se numa opulenta dúzia inteira. O dia começou revolto pelas ruas por onde passámos como se fôramos anjos e havia mais filosofia naquele gesto infantil do que.
Tawzeeto
... e bem vindo ás pontes da vida é larga!
lisboa é uma cidade cheia. é pena passarmos tantas vezes por ela sem a vermos :)
t&v
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