Evolução
Com o passar dos anos, perdemos a paciência. Vamos fazendo uma limpeza étnica em modo trial & error, num processo de eliminação gradual de tudo o que não nos merece. Presumo que imediatamente antes de uma hipotética crise de meia-idade, atingimos a conclusão do extermínio: damos por nós com uma vida saneada, habitável, e apercebemo-nos de uma estranha paz que se instalou na paisagem. A partir daí inicia-se uma suave degradação, uma curva descendente marcada pela aniquilação involuntária de coisas que nos são caras, até que tudo acaba num dia em que acordarmos sem a tenacidade necessária para nos continuarmos a "vestir para ir à rua", mas vamos à rua na mesma.
3 Comentários:
ó silva! e a porra é que aos fins de semana vamos sempre à mesma rua. o que vale é que nos não vestimos para ir lá!
vamos nus!
isto saiu um bocado apaneleirado!
Olhe, caro Silva... eu não acrescentaria nada.
E sabe o quão elogioso estou a ser, vindo de mim tal comentário.
Anonymous d'Janja
jmac: Só nu é que se pode sair à noite. Por muito apaneleirado que isso seja...
d'Janja: Eu também não vou acrescentar o que quer que seja para que o momento seja o mais reverencial possível.
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