8.3.05

Metonímia

Quando acabei de almoçar reparei que a pele das minhas mãos cheirava a praia. Estava bastante agradado com as invocações que se seguiram a esta descoberta, quando me pus a pensar sobre como era possível o tal cheiro se ter depositado nas minhas mãos. Nada cheira a praia, para além da praia propriamente dita. Sabendo que no meio de Lisboa não abundam areais, só uma miscelânea de resíduos poderia emular o aroma original, uma miscelânea mais vulgarmente conhecida por lixo. O meu Verão epidérmico acabou no lavatório indigno de uma casa de banho pública.

2 Comentários:

At 1:59 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

JERRY: Stop smelling your arm.
KRAMER: You know I got a great idea for a cologne. The Beach. You spray it on and you smell like you just came home from the beach.
JERRY: Hum, a cologne that smells like the beach. I can't believe I'm saying this, "That's not a bad idea".
KRAMER: Tell me about it!

 
At 5:40 da tarde, Blogger carolina disse...

poderias ter enfiado o resto do corpo na própria praia, e inaugurar oficialmente a estação. seria um serviço público agradável.

 

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