Caridade privada
Recebo na minha inbox um peditório proveniente de uma amiga que foi para o Brasil ajudar desfavorecidos. Volto a recebê-lo mais três vezes, mas agora em modalidade forward (presumo que na urgência de passar a mensagem, ninguém se dê ao trabalho de ver a quem é que ela já foi enviada). Como é óbvio, nem com o mínimo solicitado contribuí. Não só não contribuí, como a primeira coisa que me veio à cabeça foi como seria fácil alterar o NIB que vinha no forward e tornar-me numa instituição de caridade de um e-mail para o outro. É claro que não me orgulho desta mesquinhez, mesmo porque servir de alimento a blogues não é grande justificação para a sua existência, mas por outro lado parece-me ingénuo fazer depender projectos humanitários de filtros de spam e da vergonha mínima que alguém possa sentir, sozinho, face a um écran, com capacidade para editar à imagem das suas fraquezas. O serviço mínimo da caridade por e-mail, é uma epístola anexada em formato "pdf".
1 Comentários:
Convém ter noção de que a mesquinhez lucraria, neste caso, zero euros (que é o quanto vai lucrar a iniciativa da tua amiga)
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