17.2.06

Crenças

Vivo rodeado de pessoas cujo maior prazer na vida é chegarem 10-12 minutos atrasados ao escritório, que vão para casa às 6 em ponto pela mesma razão que chegam atrasados de manhã, que não pedem recibos porque sem impostos é mais barato, que passam a bola "a outro e não ao mesmo". Há quem não acredite que os americanos tenham ido à Lua, eu não acredito nos portugueses.

19 Comentários:

At 6:27 da tarde, Blogger Alma disse...

Mas tão importante como isso: achas que os portugueses acreditam em ti?

 
At 6:16 da tarde, Blogger Mord Mckee - Villas Boas Exec. Coach disse...

Nem eu.

 
At 8:48 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

n são crenças, são manias ou defeitos, dependendo do estatuto q ocupas. crês q alguma coisa mude? goste de passar por aqui.

 
At 5:14 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Voltando à eterna lógica do ceteris paribus e supondo a tua afirmação como a variável, podemos criar vários cenários.

- o de os portugueses terem o mesmo sentimento e, como tal, não se sentirem motivados para despenderem o seu tempo e esforço com os seus semelhantes, igualmente descrentes.

- o de vivermos uma fase de implementação abusiva do neoliberalismo, que apela ao individual em detrimento do social.

- o de, ao falares de uma causa própria, implicar falta de confiança em ti mesmo.

- e, entre variados outros (que só várias noites de boémia intelectual seriam capazes de descrever), o de não te sentires "português".

Sendo que este último seria, já em si, uma contradição à premissa inicial, destruindo-a ao significar que o que consideras Todo não será senão uma Parte.

O Abraço

 
At 6:37 da tarde, Blogger O Silva disse...

d'janja (e alma): a resposta é certa é, sendo eu português, obviamente não confio em mim próprio para salvar a pátria. Vendo bem as coisas, também é um elemento essencial do "sentir-se português".

A parte do neoliberalismo, na minha humilde opinião, nem sequer anda a ser implementada, quanto mais de forma abusiva... : )

 
At 5:16 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Desculpa-me a insistência e o eterno pessimismo (de português convicto, porventura) mas, relativamente à tua última opinião, a Gala Protocolar a que assisti na manhã de dia 9 diz-me exactamente o contrário.

 
At 7:31 da tarde, Blogger Ana [Lua] disse...

estou contigo

 
At 9:15 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

.
"eu não acredito nos portugueses!!!".

Não culpes os Portugueses. CULPA MAS É A .....


? Porque é que nós Portugueses somos um Povo Doente, Triste, Coitado, Inculto, Atrasado, e Doente?

Exemplo simples. “Trabalha-Dôr" versus “Work-Pain” ( ou “Computa-Dôr” versus “Comput-Pain”).

A palavra “Trabalha-Dôr" em inglês lê-se/escreve-se “Worker”. Já imaginás-te se ela se lê-se/escrevesse “Work-Pain”. Até os Americanos e/ou Finlandeses seriam muito mais atrasados que nós.

Ou ainda “Ih-Nova-Dôr” / (“Ih-New-Pain”)

Aqui vai mais um texto pequeno elucidativo da culpa da Língua Portuguesa.

Os Portugueses começam o dia, logo pela manhãzinha, ao som do “Desperta Dôr”.

De manhã, logo ao começar do dia, começam a ouvir: “Desperta Dôr”. Está na hora. “A Corda” (parece que vai ser enforcado).

Leva o filho para o Infantário e entrega-o ao “Educa Dôr” dele.

A 2 quilómetros da Fábrica o carro avariou. Era problema no “Carbura Dôr”.

Chegou atrasado ao trabalho e teve que ir falar com o “Admninistra Dôr”. Este disse-lhe que com tantos atrasos o caso dele era “Preocupa Dôr” e que assim o “Emprega Dôr” podia dispensá-lo. Por isso, “Dôr Avante” veja se é “Cumpri Dôr” dos horários.

No trabalho (é “Desenha Dôr” e trabalha num “Estira Dôr” e num “Computa Dôr”) ouve dizer que tem que ser: “Trabalha Dôr”. E que para ser “Ih Nova Dôr” tem que pensar. Ou seja, tem que ser “Pensa Dôr”.

No fim do dia de trabalho, chegam ao “Pré Dio” já cansados e carregam no botão para chamar o “Eleva Dôr”.

À noite, devido ao frio (más construções) tem que ligar o “Aquece Dôr”.

Aproveita para ver o correio e vê que já chegou o seu Cartão de “Dá Dôr” de Sangue.

A mulher, que é Professora de “Má Temática”, desanimada, diz ao “mar ido”: “Oh home. Eu sei que sou boa Professora de “Má Temática” Esforço-me por dar bem as aulas e que os alunos aprendam. Mas nenhum deles gosta de “Má Temática”. Porque será?!”. “Não sei mulher”. Responde-lhe o homem. E volta a colocar o “Ausculta Dôr” para ouvir música.

Vão pôr o filho a dormir e dizem-lhe: “Oh meu filho, tu és “A Dor a Dôr””.

De madrugada, por volta das 3h da manhã, quando finalmente “A Dor Meço” – com a ajuda de Xanax – eu lá “Dôr Mia”.

E no dia seguinte, por volta das 6.30h (é ”Madruga Dôr”), lá está novamente o “Desperta Dôr”.

SOLUÇÃO PARA OS PORTUGUESES DEIXAREM DE SER COITADINHOS:

Acabar com a Língua Portuguesa e começar tudo a Falar/Escrever/ Pensar/Imaginar em Inglês.

E assim ficariam “Elegantes”. Ver figura em http://madrigal.blogs.sapo.pt/654.html


Ver mais em “As PALAVRAS ÚTEIS Portuguesas estão, PRACTICA-MENTE, todas XUNGADAS!”, Blog http://eunaodesisto.blogs.sapo.pt, 2.Dez.2005. (http://eunaodesisto.blogs.sapo.pt/arquivo/2005_12.html#870309)


PS: Uma das coisas que mais LAMENTO neste momento é NÃO TER BAGAGEM para explicar porque é que a Língua Portuguesa nos torna tão coitadinhos desde pequeninhos.

Mas sei que há MILHARES DE DOUTORES e PADRES que têm essa Bagagem e estão muito caladinhos.


EXTRAS:

1 – Canadá despede Emigrantes Portugueses que não saibam Inglês.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1251467&idCanal=95

É assim mesmo. Eles que aprendam Inglês e/ou Francês. Assim ganham eles, ganham os Filhos e ganha o Canadá.


2 – “Avião da TAP falha pista em São Paulo. LÍNGUA PORTUGUESA CONFUnDE” http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=193489&idselect=10&idCanal=10&p=94


mauricio_102@sapo.pt

 
At 5:15 da tarde, Blogger McFisto disse...

Ufa! Julgava eu que estava sozinho no mundo. Também não acredito nos portugueses, nem em Portugal. Costumo dizer que a minha nacionalidade é apenas um equivoco geográfico de cerca de 200km.
Ai, España...

 
At 12:11 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Certeiro...

 
At 5:21 da tarde, Blogger Just a Girl disse...

Triste...mas somos cada vez mais a partilhar a mesma filosofia...

 
At 2:59 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Olá Ilha!
Com que então vives "rodeado de ...", querem ver que tu chegas a horas, pedes recibos, gramas pagar impostos etc etc etc.

Vê-te ao espelho.

 
At 11:05 da tarde, Blogger tms disse...

E aquela malta que burla o Estado e se orgulha disso em público?

 
At 7:04 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

E se cada português pensasse. Deixa-me ver o que já fiz pelo meu País? Dizer mal não é trabalho.
Faltam-nos jogadores é verdade. Só temos treinadores de bancada. Trabalho é para o preto. Esta é a nossa filosofia,o resto é conversa da treta.

 
At 11:45 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Eu cá não é bem acreditar, sou mais de desconfiar.

 
At 1:41 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Agora, imgine como as coisas funcionam no Brasil.

 
At 2:32 da tarde, Blogger SILÊNCIO CULPADO disse...

Que estamos muito atrasadinhos, disso eu não tenho dúvidas. Mas gosto dos portugueses e não os acho inferiores em capacidades a qualquer outro povo do mundo por muito evoluído que se autoproclame. Mas percebo as tuas críticas e acho que devem ser feitas a ver se aprendemos alguma coisa. Gostei de estar aqui.

 
At 10:56 da tarde, Blogger Chousa da Alcandra disse...

Disque hai un galego na lua. (alomenos unha cántiga eso di).
Acreditémolo.

Saúdos galaicos

 
At 9:57 da tarde, Blogger Raquel disse...

O que mais me entristece no povo português é essa capacidade de auto-comiseração, de achar que todos os povos lhes são superiores e de suspirar um “só neste país” por um atraso do autocarro ou coisa parecida. Como dizia Sérgio Godinho: “só neste país é que se diz só neste país”. De acharmos que o país não avança por causa de "certas" pessoas... Essas pessoas somos nós! E só tendo amor e confiança em nós próprios se conseguirão atingir padrões de qualidade. Não é construindo um muro de lamentações. É arregaçando as mangas. Não conheço mais nenhum povo que se tenha em tão baixa estima. Não sei se ainda é herança dos tempos de ditadura: temos medo de ser patrióticos. Dizer que somos preguiçosos e que deixamos tudo para a última e não sei mais que lástimas não vão contribuir para que melhoremos. São preguiçosos os que são. E corruptos os que são. E melancólicos os que são. Convém não esquecer que pouco se faz quando se tem oportunidade de fazer alguma coisa porque se assume que sozinho nada se conseguirá mudar. Mas, como diz Edmund Burke, é muito pior o erro de quem nada fez só porque iria fazer tão pouco.

 

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