"Os portugueses não viajam"
Apercebo-me com alguma tristeza que só sei de duas pessoas que já visitaram o Irão. Uma é suíça e no único dia que estive com ela, fui levado pela primeira vez ao Cristo-Rei. A outra sei que vive em Toronto, que tira fotografias e pouco mais.
Reconheço que há um Brasil (ou uma Europa) interessante, avassalador, por descobrir. Já para nem ir tão longe, o mesmo poderia ser dito de Espanha, ou mesmo de Portugal. Parece-me óbvio que no país profundo há também um país "distante". No entanto, essa distância que está ao virar da esquina rareia, tornou-se improvável, falível. É demasiado familiar e não forçosamente eficaz.
Esta realidade faz com que, enquanto tiver que praticar um turismo sem tempo, me obrigue a uma logística pouco exigente que me permita gastar todos os meus euros a tentar ir o mais longe possível, a tentar deixar o que puder (ou o que quiser) para trás. Optarei sempre por comprar uma distância incontornável, não-metafórica. A mais incontornável que conseguir encaixar em 22 dias úteis. Afinal de contas perto já eu estou. Diria mesmo que estou exactamente aqui.
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